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Eugênia Sarah Paesani (1933-2012)

Paulistana pioneira em pesquisa de mercado

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

O primeiro emprego da paulistana Eugênia Sarah Paesani, logo depois de se formar professora, foi numa escola rural de Itatiba, cidade a 84 km da capital paulista.

Vivia no bate e volta entre interior e capital. Em 1959, a moça, filha de um alemão (mecânico da Ford) e de uma italiana, formou-se de novo, em sociologia na USP, e foi tocar a carreira em São Paulo.

Na época de estudante, conheceu o marido, Alfredo Paesani, que cursava arquitetura do outro lado da rua Maria Antônia, no Mackenzie.

De 1960 a 1965, trabalhou na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) da USP. Na sequência -até 1968-, atuou num escritório de pesquisas macroeconômicas.

A partir do final da década de 60, Eugênia passou a se dedicar a pesquisas de mercado. Ficaria no ramo, praticamente, até o fim da vida.

Foi pioneira em sua área, como quando realizou a pesquisa "Olhos na TV", que estudava a atenção do telespectador às peças publicitárias.

Em 1985, abriu o próprio escritório de pesquisas e chegou a ser sócia de uma sobrinha também cientista social.

Com Alfredo, com quem ficou 50 anos casada, não teve filhos. Chamada de tia Gê, era apegada aos 14 sobrinhos.

É descrita como justa, severa, de mente aberta e sempre atualizada. Simpatizava com o PSDB, ao contrário do marido, que, primeiro presidente do Sindicato dos Arquitetos de SP, votava no PT.

Suas duas paixões eram as viagens e a música clássica.

Trabalhou até cerca de cinco anos atrás. No ano passado, teve um câncer diagnosticado. Morreu no domingo (18), aos 78, devido à doença.

coluna.obituario@uol.com.br

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