Aluguel de ambulância também será apurado

O Ministério Público vai investigar os contratos da Prefeitura de São Paulo com a empresa Toesa Service para o aluguel de ambulâncias.

Trata-se da mesma empresa que apareceu em reportagem do "Fantástico", da Rede Globo, oferecendo propina para obter benefício em licitações de serviços no hospital pediátrico da UFRJ (Universidade Federal do Rio).

Segundo representação enviada ao Ministério Público pela vereadora Juliana Cardoso (PT), a Toesa teve dois contratos em São Paulo.

Um com a Secretaria Municipal da Saúde, de locação de ambulâncias, e outro com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, de serviços de remoção de pacientes em ambulância nos parques do Carmo e Ibirapuera.

Para os serviços, a empresa recebeu entre 2006 e 2010 R$ 2 milhões do município.

Um repórter do "Fantástico" simulou a contratação da empresa fazendo-se passar por um representante do hospital carioca. Ouviu que receberia de propina 15% do valor do contrato a ser firmado.

A Folha deixou desde a semana passada vários recados para o assessor de imprensa da Toesa. Não houve reposta.

A prefeitura diz que vai prestar todos os esclarecimentos e informações requeridas pelo Ministério Público. Afirma ainda que a empresa foi regularmente contratada por meio de licitações.

Em 29 de agosto de 2008, a empresa foi proibida de participar de concorrências públicas por problemas na prestação dos serviços.

A Toesa recorreu, mas a Secretaria da Saúde manteve a decisão. Já o contrato com a Secretaria do Verde, que estava em vigência, continuou até agosto de 2009.