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Sem fiscalização, voo duplo vira comércio ilegal no Rio

Para burlar a lei, que proíbe a prática, turista é cadastrado como 'aluno'

Instrutor de jovem que morreu no domingo vai ser indiciado sob suspeita de homicídio culposo, diz delegado

DIANA BRITO
ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Apesar de proibida, de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e o Ministério Público Federal no Rio, a prática de venda de voos duplos em asas delta e parapentes é feita sem fiscalização e punição no Rio.

Os dois são considerados veículos aéreos experimentais. Por isso, os voos não podem ser comercializados.

Mas para burlar a lei, turistas são cadastrados como alunos antes de saltar, caracterizando o voo como instrução -esta, sim, autorizada.

No domingo, a nutricionista Priscila Boliveira, 24, irmã do ator Fabrício Boliveira, morreu ao cair de um parapente a 30 metros do solo, durante um voo duplo.

O instrutor que a acompanhava, Alan Figueiredo, será indiciado sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção), por negligência, segundo o delegado Fábio Barucke.

A trava de segurança que a prendia ao parapente teria aberto, fazendo com que Priscila escorregasse. Em depoimento, o instrutor disse que ainda tentou segurá-la.

A Anac diz não ser responsável por fiscalizar a prática, já que os voos duplos são considerados voos experimentais e esportivos, segundo o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica.

Na internet, a página do guia oficial da cidade, produzido pela Riotur, classifica o programa como "excelente pedida". Mas ressalva as restrições da comercialização de voos duplos.

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