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Arma elétrica mata outro, desta vez em Florianópolis

Caso aconteceu anteontem; vítima sofreu parada cardiorrespiratória

Segundo a PM, policial agiu certo ao tentar impedir que gerente de 33 anos se jogasse pela janela de apartamento

JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA

Um homem morreu na madrugada de anteontem em Florianópolis (SC) após ser imobilizado com um choque de uma pistola modelo Taser, disparada por um policial.

É a primeira vez no Brasil que uma morte é relacionada à arma, que provoca uma forte contração muscular e imobiliza a pessoa atingida.

O caso é semelhante ao do brasileiro Roberto Laudísio Curti, 21, morto no dia 18 na Austrália (leia mais abaixo).

A nova vítima é Carlos Barbosa Meldola, 33, gerente de uma empresa de transportes. A PM foi acionada pela mulher dele. Ela disse que o marido estava destruindo o apartamento, após usar cocaína.

Segundo a PM, a arma foi disparada quando o homem ameaçou se jogar pela janela. "Foi uma tentativa de salvar a vida dele", diz o tenente-coronel Fernando Cajueiro.

Após o disparo, os policias tentaram reanimar Meldola. A causa da morte foi registrada como parada cardiorrespiratória. Um laudo do IML ainda está sendo elaborado.

Segundo o cardiologista Sérgio Timerman, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o uso da arma de eletrochoque em pessoas que consumiram drogas e álcool pode ser um "empurrão" para uma parada cardíaca.

O delegado Antonio Seixas Joca diz que a pistola passará por perícia. A mulher da vítima e os PMs serão ouvidos nesta semana. A PM abriu inquérito sobre o caso.

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