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Voo

Relatório de clube culpa instrutor por acidente de parapente no Rio

DO RIO - Relatório do Clube São Conrado de Voo Livre culpou o instrutor Allan Figueiredo por negligência no acidente que levou à morte a nutricionista Priscila Boliveira, 24. Ela morreu ao cair de parapente em voo duplo, no domingo.

Segundo o relatório, assinado pelo presidente da entidade, Carlos Trota, o instrutor não fez a checagem das travas de segurança da selete, espécie de cadeirinha que acomoda o passageiro. O clube é responsável pelos voos de asa delta e parapente da rampa da Pedra Bonita, em São Conrado.

A comissão técnica do clube decidiu afastar Figueiredo por tempo indeterminado. No comunicado, a comissão informou que analisou fotos e vídeos e ouviu testemunhas.

Pelas normas, a selete é ajustada ao aluno por três travas de segurança (uma em cada perna e outra na altura do peitoral). Segundo o clube, Figueiredo não fechou as travas de cada perna. Após a decolagem, a selete subiu e Priscila ficou presa apenas pelas axilas.

Com pouco mais de dois minutos de voo, ela despencou.

Na segunda-feira, o delegado Fábio Barucke indiciou o instrutor sob a acusação de homicídio culposo (quando não há intenção) por negligência.

A Folha tentou contato ontem com o advogado Marco Aurélio Gomes Araújo, responsável pela defesa de Figueiredo, mas não conseguiu localizá-lo.

Mesmo com a decisão de afastar o instrutor, o diretor do clube Vinicius Cordeiro disse que não há nada errado nos voos duplos (sua comercialização é proibida por regimento aeronáutico). Ele afirmou que todos os que voam são alunos e que, para fazer o primeiro voo, recebem aula durante 20 minutos antes do salto.

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