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Com mais de cem anos, rede vive demanda recorde

JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

Com registros de mais de uma falha grave por semana, o sistema de trens da CPTM vive uma combinação de explosão da demanda com o atraso na modernização de uma infraestrutura centenária.

Alavancado por mais conexões com metrô e ônibus, o número de passageiros saltou de 353 milhões em 2003 para algo em torno de 700 milhões em 2011.

A rede, porém, não só é praticamente a mesma nesse período, como boa parte de sua infraestrutura tem origem no século 19.

Só a rede elétrica, que causou quatro falhas em 2011, tem mais de 50 anos. A linha 7-rubi, a segunda em problemas, é parte da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, aberta pela SP Railway no fim do século 19.

O governo tenta acelerar o seu plano de modernização, tocado desde 2008, pressionado pela demanda, pelas falhas, pelas empresas detentoras dos contratos e pelo Banco Mundial, que financia a ação.

Os serviços, antes feitos nas madrugadas, ocorrerão aos domingos. Estão sendo trocados postes, fios, trilhos e sistemas de comunicação e sinalização. "Os investimentos estão 30 anos atrasados", diz José Bernardes Felex, professor da Escola de Engenharia da USP São Carlos.

Para ele, a rede paga ainda pela falta de investimento em outros meios de transporte e pelo tamanho que adquiriu. "Como é de alta capacidade, qualquer coisa vira um problema, porque a cidade não tem estrutura para suportar."

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