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Outro lado

Professora foi orientada a parar com reza na aula

DE SÃO PAULO

A professora de geografia Lila Jane de Paula, da escola estadual Santo Antonio, de Miraí (MG), não quis falar. Por telefone, a Folha a procurou na escola e via Secretaria de Estado da Educação. A informação recebida foi que ela queria se preservar.

A secretaria disse que a professora poderá responder a processo administrativo caso se comprove infração. Diz ainda tê-la orientado a não rezar mais dentro da classe.

"A secretaria já passa a orientação de que o Estado é laico e que não se pode haver prática de atos religiosos dentro de uma escola pública, que é um espaço público", informou a secretaria.

Inspetora responsável por fiscalizar a escola, Joana D'Arc Rocha e Silva afirmou ter havido má interpretação por parte do aluno. "Ela não disse ["Um jovem que não tem Deus no coração nunca será nada na vida"] nesse sentido. Nós conversamos com a mãe e a professora explicou." Ela não explicou em qual sentido Lila falou a frase com o aluno.

Joana disse que rezar no início da aula é um hábito de "muitos anos" da professora que "ninguém nunca criticou", embora o ensino religioso não fizesse parte do conteúdo do ensino médio.

Segundo a inspetora, ficou acertado que haverá uma palestra para evitar casos de "bullying" na escola, como o que sofreu o aluno.

A reportagem procurou o diretor da escola. Alexandre, como se identificou, não deu o sobrenome e também não quis ser entrevistado.

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