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Roberto Zeidler (1933-2012)

Um maestro paulistano de muitos corais

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Formado na USP em direito, Roberto Zeidler não exerceu um dia sequer a advocacia. Dedicou a vida à música.

Em 1954, havia se diplomado pianista e professor pelo Conservatório Dramático e Musical de SP. Já em 1956, tornou-se apto a lecionar canto coral também na capital.

Na época de aluno no largo São Francisco, Roberto, que fora organista da Igreja Presbiteriana, recebeu o convite do maestro do coral da instituição para auxiliá-lo, tocando piano. Quando o maestro desocupou o cargo, foi designado para substituí-lo.

Ao todo, comandou o coral acadêmico 11 de Agosto, da USP, por mais de 27 anos, conta a segunda mulher, Camilla, que, por sinal, o conheceu quando era aluna de direito e foi participar do coro.

"Fui cantar e sai cantada", brinca ela, que tinha 21 anos na época; Roberto tinha 50.

Na década de 60, o maestro participou de programas de rádio. Em São Paulo, fundou e regeu inúmeros corais até os anos 90, como os do Mackzenzie, FMU, PUC, Cesp (Cia. Energética de SP), Petrobras e BCN (Banco de Crédito Nacional), entre outros.

Conhecedor dos símbolos nacionais e especializado na bandeira do Brasil, dava palestras para o Exército, escolas e empresas. Era contador de histórias e leitor voraz.

Em 1990, mudou-se para Pouso Alegre (MG), onde foi professor e maestro de um conservatório estadual. Passou a ter depressão depois de se afastar das aulas em 2008.

Havia sofrido um infarto. Morreu na quarta (28), aos 78, de complicações de uma cirurgia. Teve dois filhos com a primeira mulher, Wanda, dois com Camilla e três netos.

coluna.obituario@uol.com.br

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