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William Raduan Ansarah (1935-2012) Engenheiro e doutor Pardal nas horas vagas ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Um dos passatempos de William Raduan Ansarah era inventar, tanto que ganhou de familiares e amigos o apelido de doutor Pardal. Patenteou muitas de suas criações. A família se lembra de algumas delas: um acendedor automático de fogão, um contador de pulso de telefone e um sistema de escrita musical que substituía a tradicional partitura. Era inteligente e muito curioso, contam. Seu pai, imigrante libanês, fundou em São Paulo, na rua 25 de Março, o depósito de meias Ansarah. No negócio, que já está nas mãos da terceira geração da família, William não se envolveu. Sempre quis ser engenheiro. Sua formação foi na Poli-USP, em engenharia civil e eletromecânica. Por muito tempo, trabalhou na IBM, onde entrou na década de 60. Ficou na empresa de computadores por dez anos, conta Marília, sua primeira mulher, com quem teve dois filhos: uma engenheira de alimentos e um engenheiro civil. Depois, atuou no ramo do comércio -foi sócio num empresa de peças para carros. Além da facilidade para resolver cálculos e da criatividade na hora de bolar suas invenções, tinha dom para trabalhos manuais e música. Com o canivete, fazia em madeira barquinhos à vela e porta-guardanapos, entre outras peças. Também pintava. Como músico, tocava violão, piano e chegou a integrar uma orquestra de gaita. Havia abandonado o cigarro, mas, devido aos seus longos anos como fumante, lutava contra um enfisema. Morreu na segunda (2), aos 76 anos, de problemas pulmonares. Estava no segundo casamento, com Ophélia. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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