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Outro lado

Comando da PM nega que tablets tenham problemas

Comando da corporação afirma, no entanto, que eventuais falhas podem ocorrer devido a operadora e ao policial

DE SÃO PAULO

O comando da Polícia Militar paulista nega que haja falhas nos tablets. No entanto, diz que eventuais problemas podem ser causados por "15% de falhas da operadora Vivo e 10% de falhas operacionais do policial".

"Importante lembrar que a rede de telefonia móvel é a mesma que atende à iniciativa privada. Portanto, é impossível exigir alta disponibilidade do serviço de transmissão de dados, fato que não compromete a operação dos tablets, uma vez que essa é uma ferramenta acessória ao processo de despacho e controle de viaturas", disse em nota.

Segundo a PM, mesmo desconectado o tablet emite as coordenadas de seus carros, uma das funcionalidades do sistema. Diz ainda que seus bancos de dados registram que os aparelhos ficam pouco tempo fora do ar.

A Vivo informou que só fornece os chips de conectividade à PM e que não comentaria as informações de que o tablet, feito para a tecnologia GSM, não "conversa" plenamente com sua rede.

Quanto à homologação pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Polícia Militar informou que, "apesar de não ser exigência no edital, o equipamento foi homologado em agosto [de 2011] e a entrada em operação só se deu após essa data".

Questionado sobre os 3.000 tablets que, segundo a própria Secretaria de Segurança Pública afirma em seu site, já estavam em operação na capital desde janeiro de 2011, o diretor de telemática da PM, coronel Alfredo Deak, disse que "a instalação foi condicionada à homologação pela Anatel".

"Foi entregue mesmo [no início do ano] apenas uma parcela para teste em laboratório. O grosso mesmo foi entregue em julho", disse Deak.

Quanto à informação prestada ao Tribunal de Contas -de que o tablet não precisava do selo-, o coronel informou que, à época, não havia tablets homologados no mercado nacional, por pertencerem a uma tecnologia nova.

Fabricante do i-MXT, a Maxtrack disse que a venda dos tablets esteve "100% de acordo com as exigências e normas legais". Ela afirma que seu aparelho se comunica, sim, com a rede da Vivo.

"As primeiras unidades foram fabricadas em novembro de 2010 e encaminhadas para o processo de homologação da Anatel. No caso do tablet utilizado no projeto da PM, a comunicação é a GPRS/EDGE. O modem GPRS/EDGE usado é um subproduto interno ao equipamento homologado desde 2008", informou.

Segundo a Anatel, mesmo que os componentes tenham sido certificados separadamente, o aparelho só pode ser vendido após ser testado e aprovado como um todo.

A Folha apurou junto à área técnica da Anatel que o órgão deverá testar os tablets para saber se modelo que está em uso é exatamente o mesmo que foi certificado.

A Neel não respondeu ao pedido de entrevista.

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