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Governo do Rio cria 'pacote' para conter violência em Niterói

Efetivo policial na cidade é menor do que o da favela da Rocinha

DO RIO

Em meio a uma crise de segurança e com menos policiais do que a favela da Rocinha, as cidades de Niterói e Maricá (região metropolitana do Rio) receberão reforço no policiamento. As medidas, porém, só poderão ser vistas em dez dias.

O objetivo é reduzir a sensação de insegurança. A Folha apurou que, descontado o número de policiais de folgas, férias, licença ou em serviços burocráticos, o comando do batalhão tem, diariamente, 121 PMs para patrulhar Niterói e Maricá, que somam 500 mil habitantes, segundo o IBGE.

Na Rocinha, são 160 policiais para 69 mil moradores.

Em números absolutos, serão mais 266 PMs. Há possibilidade de contar com mais cem em horário de folga.

A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, também determinou um trabalho conjunto das cinco delegacias da cidade. A ideia é elevar o índice de solução de crimes.

EM ALTA

A decisão de reforçar o policiamento ocorreu após dois dias de reuniões. Um dos principais temas foi a onda de latrocínio (roubo com morte).

Em relação ao primeiro bimestre de 2011, os índices cresceram em média 17% em crimes como roubo a pessoas, furtos e assaltos ao comércio. Houve queda apenas em roubo de veículos: 10%.

"Nos últimos 40 anos, Niterói perdeu efetivo e a população aumentou", avalia o coronel Jorge da Silva, professor de Ciências Políticas da Uerj.

Em dez dias, uma postagem no Facebook do niteroiense Hid Hishinuma, 34, intitulada "Niterói, cidade do medo", foi compartilhada por quase 3.000 pessoas. "Praticamente todas as pessoas que conheço têm uma história de violência recente para contar", diz.

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