Outro Lado

Associação diz ter melhorado transporte e armazenagem

O setor de cerâmica de Santa Gertrudes reconhece sua parcela de culpa na poluição atmosférica da região. E, por isso, afirma que está desenvolvendo uma série de medidas para frear o problema.

As principais fontes de poeira, segundo estudos técnicos da Aspacer -associação que reúne as indústrias da região-, estão nas minas de argila, no transporte até a fábrica e, também, na forma como o material é estocado.

Por isso, as indústrias dizem que estão cobrando do poder público a pavimentação de mais de 20 km de estradas que passam por Santa Gertrudes e outros municípios da região, que ficam a pouco menos de 200 km da capital.

Enquanto isso não ocorre, segundo o setor, as estradas são molhadas com frequência. E os caminhões que fazem o transporte da argila para as fábricas também estão cobertos, o que não ocorria antes de os índices de poluição serem medidos com mais frequência pelo governo.

O armazenamento da matéria-prima também passou a ser feito em galpões, diz a Aspacer. Isso impede que a poeira extremamente fina vá para a atmosfera.

Barreiras vegetais ao longo das vias de transporte e perto das áreas de armazenamento também estão sendo montadas perto das fábricas.

O polo de cerâmica de Santa Gertrudes é considerado um dos maiores do mundo.

Dados de 2011 mostram um parque fabril com 45 indústrias de cerâmicas -nem todas ficam no município- e 29 minas ativas. Toda a cadeia produtiva gera 100 mil empregos indiretos e 10 mil diretos.

As empresas de cerâmica se instalaram na região de São Carlos principalmente por causa do solo local. Conta também a localização estratégica da região, bem servida pelas principais rodovias do Estado.