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Rosa Francisca Depieri (1952-2012)

Bancária casada com o Palmeiras

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Rosa Francisca Depieri tinha se formado em letras, mas enveredou para outra área depois de passar num concurso: tornou-se funcionária do Banco do Brasil.

Paulistana, era filha de um tapeceiro e de uma professora. A mãe costumava dar aulas para crianças da Vila Leopoldina, na zona oeste da capital, nos fundos de casa.

Gostava muito de literatura (adorava Machado de Assis), e acabou cursando letras na USP nos anos 70.

Depois que entrou para o banco, onde fez carreira, interessou-se por economia. Em meados da década de 80, formou-se novamente, agora pela FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração).

Diferentemente da maioria dos bancários, que frequentemente são transferidos de agência, Rosa sempre permaneceu na mesma, no Jaguaré, também na zona oeste.

Tímida e muito reservada, como é descrita pelos familiares, trabalhava na tesouraria do banco. Aposentou-se há poucos anos.

Não se casou -era casada com seu time, o Palmeiras, conta o sobrinho Marcelo.

Quando ficou doente, escreveu numa carta, após passar por uma cirurgia, que o momento mais feliz de sua vida foi quando, ao lado do irmão, o engenheiro Luiz Márcio, e do sobrinho, todos palmeirenses, viu, no Parque Antarctica, a equipe ser campeã da Libertadores, em 1999.

As derrotas do time eram as únicas coisas que a irritavam. Teve um câncer em 2005, no sistema reprodutor, e outro em 2007, de mama. Morreu na quinta (12), aos 60.

coluna.obituario@uol.com.br

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