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Governo paulista expande USP Leste em área contaminada Terreno da escola possui material extraído do rio Tietê; novos prédios abrigarão centro de cultura e de convenções Direção da unidade diz que não haverá problemas ambientais e que comunidade poderá usar novas instalações FÁBIO TAKAHASHIEDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO Ainda sem contar com licença ambiental para a sua área original, a unidade da USP na zona leste de São Paulo começou a maior expansão física desde que foi inaugurada, há sete anos. No sábado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) cedeu à universidade um terreno vizinho à escola, com 43 mil m2, o que equivale à atual área construída da unidade. No local está prevista a construção de um centro de convenções e outro de exposições, a serem utilizados por alunos, professores e pela comunidade local (uma das mais pobres da cidade). As obras deverão começar em menos de um ano e ser concluídas em até três. A área recém-incorporada e a original estão em local contaminado, pois receberam terras retiradas do fundo do rio Tietê, carregadas de substâncias nocivas à saúde. O local pode ser ocupado desde que sejam feitas intervenções como a instalação de dutos para extração de gases. Do contrário, pode haver risco de explosão. O caso é semelhante ao do shopping Center Norte, que chegou a ser fechado ano passado. Na área original até agora não foram instalados todos os dutos necessários (faltam dois dos nove exigidos), o que emperrou a emissão, pela Cetesb, da licença ambiental plena de operação. Em tese, alguns edifícios não poderiam estar em funcionamento. A licença em vigor é parcial, válida para algumas áreas do campus. Segundo o atual diretor da EACH (nome oficial da unidade), José Jorge Boueri Filho, não há riscos na escola e a documentação pendente já foi entregue à Cetesb. Assim que o projeto for aprovado, afirmou, serão instalados os dutos faltantes. O dirigente disse ainda que a nova área já será construída de acordo com todas as exigências ambientais. A região a ser usada para a ampliação do campus também precisará ter dutos, desde o subsolo até a atmosfera. Em nota, a Cetesb afirma que não foi informada sobre a expansão da escola. Segundo o diretor da EACH, "os equipamentos [prédios] não serão apenas da universidade, são demanda da comunidade local". Como contrapartida pela permissão do uso da área, a escola instalará um centro de atendimento a idosos, com atividades físicas e de saúde. O decreto do governador prevê que a área seja devolvida se as obras não acabarem em três anos. A escola disse que a reitoria já reservou R$ 30 milhões ao projeto. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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