Cássio Sigolo Ferrari (1964-2012)

Empresário de estilo aventureiro

O estilo de vida que Cássio Sigolo Ferrari perseguia o fez se mudar de São Paulo, sua cidade natal, para Franca, no interior paulista. Aventureiro, gostava de fazer trilhas, saltar de paraquedas e pilotar aviões, atividades que não conseguia praticar na capital.

O movimento que realizou foi o inverso de seu pai, um empresário nascido em Franca que veio a São Paulo, onde teve uma fábrica de borracha. Cássio começou a trabalhar ajudando-o no negócio.

Cerca de 15 anos atrás, o pai teve um problema cardíaco e se afastou do trabalho. O filho decidiu seguir no ramo, mas agora no interior do Estado, onde tinha parentes.

Sua empresa, explica a irmã Sandra, fabrica artefatos de borracha, como o piso tátil para cegos usado pelo metrô de São Paulo e borrachas para as portas dos trens, entre outras peças para máquinas.

O pai, após se recuperar, acabou retornando a Franca, agora para ajudar o filho.

Na cidade, segundo a família, Cássio conseguiu viver do jeito que sempre desejou: intensamente. Alegre e extremamente sociável, fazia trilhas com os amigos, andava de bicicleta e estava tirando o brevê definito de piloto.

Na sexta-feira (13), foi fazer um voo com o supervisor numa das etapas finais do curso de aviação. Perto do aeroporto da cidade, o monomotor em que ele e o piloto Fabiano Ferro estavam despencou -os dois morreram.

Era o segundo acidente de avião ocorrido no mesmo dia no interior de São Paulo.

Cássio tinha 48 anos e deixou dois filhos. Haverá uma missa amanhã, às 19h, na paróquia Nossa Sra. da Esperança, em Moema, São Paulo.