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Léa Depresbiteris (1946-2012) Pedagoga especialista em avaliação ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO A dedicação com o trabalho era a marca da pedagoga paulistana Léa Depresbiteris, como conta o marido, Mário. Se tinha uma palestra a fazer ou uma tese a orientar, lá ia Léa comprar mais livros para se aprofundar no assunto. No fundo, especializava-se em tudo o que gostava. Com o cinema era a mesma coisa. Adorava biografias de artistas de Hollywood e, qual uma enciclopédia ambulante, conhecia o nome de um mundaréu de atores e atrizes. Alguns dos seus favoritos: Humphrey Bogart, Rita Hayworth e Spencer Tracy. O marido, para lhe pregar uma peça, às vezes inventava o nome de alguns. "Esse ator é Fulano de Tal." "Ah, esse eu não conheço", respondia. Léa começou como professora do ensino fundamental em escolas da zona leste e norte de São Paulo. Formada em pedagogia pela FMU, fez mestrado em tecnologia educacional especializada em avaliação e doutorado em psicologia educacional na USP. Nos anos 70, trabalhou no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em São José dos Campos, onde também trabalhava Mário, economista. Conheceram-se lá. Depois, entrou para o Senai, onde se aposentou nos anos 90. Formou professores e escreveu mais de dez livros, como "Avaliação na Educação Profissional". Estava escrevendo mais um trabalho, que não conseguiu terminar. Era divertida e fazia amizades com muita facilidade, lembra o marido. Na sexta, o casal assinou um documento de união estável, após 36 anos juntos. Léa morreu na madrugada do sábado, aos 66, após um infarto enquanto dormia. Não teve filhos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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