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Gerson Sodré (1925-2012) Vereador 3 vezes, mas sem salário ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Por mais de uma década, Gerson Sodré ocupou um cargo público sem nunca receber por isso, como lembra o filho, também chamado Gerson. Em Catanduva, município a 385 km de São Paulo, foi vereador por três mandatos. Nascido na capital paulista, mudou-se com os pais primeiro para Amparo, no interior do Estado, e depois para Catanduva. Na época, o pai era o único carteiro da cidade. Atuou como contador e formou-se em direito em Bauru. Em Catanduva, participou da fundação, em meados da década de 60, da 41ª subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), na qual foi eleito o primeiro presidente. Também fundou na cidade o Clube do Bancários e a Liga Catanduvense de Futebol, em 1964. Em casa, "ensinou todo mundo a ser palmeirense", como conta o filho. A primeira vereança foi no início dos anos 50. Em 1963, presidiu a Câmara. Na época, o cargo não era remunerado. Ocupou-o mesmo assim, pela preocupação que tinha com a cidade, diz a família. Conservador, esteve envolvido com o PSP (Partido Social Progressista) e a Arena. O grande sonho, que não realizou, foi o de ser prefeito. Até tentou, mas sem sucesso. Ainda morou por cerca de 25 anos em São Paulo, onde foi procurador da Caixa Econômica Estadual e chefe de gabinete da Secretaria de Esporte e Turismo, diz o filho. Aposentado, retornou a Catanduva nos anos 90. Pouco depois, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). Morreu no domingo (22), aos 87, devido a uma insuficiência respiratória. Teve três filhos e seis netos. O primeiro bisneto está a caminho. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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