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São Paulo fecha abril com chuvas recordes

Segundo dados de precipitação do CGE, coletados desde 1995, este foi o abril mais chuvoso já registrado

Isadora Brant/Folhapress
Pedestres utilizam guarda-chuvas para se proteger na avenida Faria Lima; previsão é de mais frio para os próximos dias
Pedestres utilizam guarda-chuvas para se proteger na avenida Faria Lima; previsão é de mais frio para os próximos dias

DE SÃO PAULO

A chuva não deu folga para o paulistano ontem.

Com precipitação constante quase o dia todo, a véspera do Dia do Trabalho fez deste abril o mais chuvoso desde 1995, ano em que o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) começou a medir a chuva na cidade.

Enquanto em meses de abril típicos a quantidade de água não costuma passar de 60 mm, este ano choveu 143,7 mm. O recorde era de 2004, quando caíram 127,3 mm. Só ontem foram 45,3 mm.

Segundo outra medição oficial, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), este foi o abril mais chuvoso desde 1991. Os dados são coletados desde 1943, mas apenas no Mirante de Santana, na zona norte. Já o CGE tem 33 estações.

O grande volume de precipitação ocorreu devido à passagem de uma frente fria, que já segue em direção ao oceano, diz o Inpe.

A chuva de ontem levou à queda de árvores, pontos de alagamento e redução da velocidade dos trens do metrô por medida de segurança.

A Defesa Civil chegou a colocar 16 regiões da cidade em estado de atenção para possíveis deslizamentos.

MENOS CHUVA

Hoje a chuva diminui, mas as temperaturas também se mantêm mais baixas- a máxima prevista é de 18º C.

A previsão era de que a madrugada de hoje fosse a mais fria do ano, com 13º C.

Ontem, a cidade já teve a tarde mais fria do ano. A temperatura mínima registrada foi 14,7º C, às 15h, segundo o CGE. A tarde mais fria até então tinha sido em 28 de março, quando os termômetros registraram 16,6º C. A máxima registrada ontem em São Paulo foi de 20,7º C.

Para os meteorologistas, as temperaturas e as chuvas para este inverno devem ficar dentro da média.

Mas a tendência de alterações bruscas de temperatura, que começaram no ano passado, deve se manter.

Segundo o Inpe, isso se deve a fatores climáticos como a temperatura mais baixa do oceano Atlântico, que favorece a entrada de frentes frias vindas do sul do país.

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