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Site brasileiro pró-carona vira solução mundial para trânsito

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

A analista de marketing Carmen Lopez, 30, costumava percorrer sozinha em seu carro os 3,5 km que separam sua casa do trabalho, ao longo de quase uma hora.

O tempo de viagem continua o mesmo, mas, há três meses, ela leva duas caronas, que já "viraram amigas".

Ela conheceu as duas na empresa em que trabalha, a Tecnisa, através do site www.caronetas.com.br.

Além das novas amigas, ela aponta outro benefício: a divisão de custos, que "compensa no fim do mês". Tanto que elas buscam uma quarta pessoa, que também more na região do Brooklin (zona sul).

O Caronetas foi pré-selecionado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, como umas das 15 soluções mundiais para melhorar a mobilidade urbana.

Através de votação e da escolha da própria universidade, três dessas soluções serão premiadas como as melhores iniciativas do mundo e serão expostas na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável -a Rio+20, em junho.

O site foi a única iniciativa brasileira escolhida.

Ele surgiu da ideia de colegas de faculdade do curso de engenharia naval, num "brainstorm de 15 minutos", segundo um dos idealizadores, Marcio Nigro, 38.

Lançado em fevereiro de 2011, hoje tem quase mil empresas cadastradas em 22 Estados -80% em São Paulo.

Entre elas, a TAM, a Tecnisa, a SulAmerica, Unimed, Faculdade de Medicina da USP, e Usiminas. Juntas, somam 250 mil funcionários.

Segundo Nigro, há cerca de 190 sites que promovem as caronas no mundo, mas o Caronetas tem patente na ideia de atribuir às caronas um preço (a ser definido pelos caroneiros entre si) e facilitar a transação entre o dono do carro e o carona por meio de uma moeda virtual no site.

Assim, diz Nigro, há o estímulo para que as caronas tenham divisão de custos.

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