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Antonio de Jesus Duch Margarido (1938-2012)

O maestro da lira cinquentenária

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Este seria um ano de dupla comemoração para Antonio de Jesus Duch Margarido. Em 2012, tanto o casamento com a professora Matilde quanto a fundação da banda da qual era maestro fariam 50 anos.

Filho de um diretor de colégio e de uma funcionária pública, nasceu em Itapeva, a 290 km da capital paulista.

Fez escola normal, formou-se professor primário, mas decidiu vir a São Paulo estudar no Conservatório Paulista de Canto Orfeônico. Trompetista, tornou-se maestro.

Por um tempo, trabalhou tocando na noite paulistana. A paixão por sua terra, porém, foi mais forte, e ele voltou a Itapeva para comandar orquestras de baile e criar, em 1962, a Lira Itapevense, a banda mais tradicional da cidade.

Na década de 60, o conjunto se apresentou até para o presidente Castello Branco (1964-1967). Também teve boas colocações em campeonatos estaduais de música.

Segundo a filha Elaine, que toca flauta no grupo, a lira, embora mantida pelos próprios músicos, tem ajuda da prefeitura e se apresenta todo primeiro domingo do mês.

No repertório, além de dobrados (marchas militares), a banda toca samba, chorinho e trilhas de filmes, como a de "Missão Impossível" (1996).

Antonio, que também era professor e diretor de uma escola municipal de música, é descrito como modesto e bom contador de causos. Adorava pescar, mas não consumia os lambaris que pegava: dava-os de presente aos amigos.

Morreu no sábado (28), aos 73, após sofrer um infarto. Teve quatro filhos e sete netos. Familiares e amigos pretendem continuar com a banda, como o maestro gostaria.

coluna.obituario@uol.com.br

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