Seca ameaça cancelar festas de São João em cidades do Nordeste

A seca está forçando cidades do Nordeste a rever os contratos para a festa de São João, uma das mais importantes do calendário local, que ocorre em junho.

Na Bahia, ao menos três cidades anunciaram o cancelamento e duas estudam fazer mudanças nos festejos.

A Prefeitura de Miguel Calmon (391 km de Salvador) fez audiências públicas para decidir se mantinha o evento, mas acabou cancelando.

"Vai ser a primeira vez que não teremos a festa", diz o prefeito José Ricardo Leal Requião (PT). O custo era estimado em R$ 600 mil. Segundo ele, a justificativa é guardar recursos para combater a seca nos próximos.

O mesmo ocorreu em Várzea Nova (413 km de Salvador) e Tucano (274 km). Em Serrolândia (335 km), a festa depende de uma votação que será realizada em 12 de maio.

A alteração nas festas ocorre dias depois de o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia ter determinado uma "fiscalização rigorosa" nos gastos com o São João.

Em outros Estados do Nordeste o cancelamento também é avaliado.