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Análise

Nem cientistas sabem quanto o aquecimento influencia a cheia

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

É impossível afirmar que a histórica cheia na região Amazônica ou a seca igualmente histórica no Nordeste são sinais inequívocos das mudanças climáticas globais.

Mas também não se pode dizer que não são, explicam os grandes especialistas no assunto. Ninguém afirma que os efeitos do aquecimento global não têm nada a ver com estes dois grandes eventos.

Existem explicações naturais para a cheia e a seca.

Mas também existe um conjunto razoável de dados mostrando que, no caso da Amazônia, os eventos de cheia estão mais potentes e também mais frequentes.

Como explica Javier Tomasella, especialista em recursos hídricos do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais), ligado ao governo federal, é difícil separar as consequências dos ciclos naturais do clima com os efeitos das mudanças climáticas que estariam sendo provocadas pelo ser humano.

Para os ribeirinhos amazônicos e para os moradores do sertão nordestino, onde a seca deve perdurar até o fim do ano, a discussão é outra.

Independentemente da potência da cheia ou da seca, o fato é que estes fenômenos atingem todos os anos as duas regiões. Mesmo assim, as ações das várias esferas governamentais costumam ser reativas. É raro haver prevenção.

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