Eu estava lá

Vítimas são retiradas por cima de muro
Equipes de resgate, com a ajuda de funcionários do Metrô, retiravam feridos por cima do muro que fica ao lado do local da colisão, sob o viaduto Antonio Abdul. Os passageiros eram colocados em macas e levados até o outro lado, onde ficavam na calçada à espera de atendimento. Como o local do acidente fica entre as estações Penha e Carrão, era mais rápido retirar os feridos deste jeito. "Instalamos duas escadas, imobilizamos as vítimas e passamos por cima do muro", disse o major Fábio Barbieri, dos Bombeiros.

Saídas de emergência do trem não abriram
O técnico em telecomunicações Clayton Vitor, 28, diz que as portas de emergência não abriram. "Muitas pessoas tiveram de quebrar os vidros, senão ficaríamos mais de 20 minutos presos por lá", afirmou.

Professor enfrenta segundo acidente
Essa foi a segunda vez que o professor Robson Fernando Gomes da Silva, 29, teve de sair pela janela do metrô. Na outra, em dezembro de 2010, uma pane elétrica na linha 3. "Daquela vez eu cortei minha mão porque saí pela janela. Agora, esperei as portas serem abertas", disse.

Grávida cai, e risco de aborto aumenta
Rosalina Mota Nascimento, 37, grávida de três meses, caiu de frente no chão quando ia ao Hospital e Maternidade da Vila Matilde, onde fazia tratamento por risco de aborto. "As cólicas aumentaram depois da colisão, e aumentou o risco de abortar", disse seu obstetra e responsável pela maternidade, Sérgio Ruiz.
Segundo o médico, a paciente ficará em observação pelos próximos três dias.

Passageiros caíram como 'dominó'
O corretor de imóveis Fernando Silveira, 22, diz que todos os passageiros do vagão em que estava caíram na sequência. "Pareciam dominós. Uns caindo em cima dos outros". Ele ficou com as costas doendo, foi levado para um hospital e temia perder o emprego porque tinha uma reunião no final da manhã.

Engenheiro perde 1º dia de trabalho
O engenheiro Marcos Gomes, 31, ia para o novo emprego na hora da colisão. "Vou registrar boletim de ocorrência para deixar claro que não foi culpa minha e vou processar o Metrô."