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Investimento na linha 3 caiu 20% em 2011

Responsável por 41% dos usuários do metrô, linha vermelha recebeu R$ 188 milhões contra R$ 236,2 milhões em 2010

Maioria dos recursos é para melhoria dos trens e troca do sistema automático de controle, que falhou na zona leste

DE SÃO PAULO

Os investimentos do Metrô em melhorias da infraestrutura e da qualidade dos trens na linha 3-vermelha, a mais movimentada do sistema, caíram 20,4% em 2011 em comparação com o ano anterior.

Segundo dados da própria companhia, foram aplicados R$ 188 milhões em 2011 em ações de "recapacitação e modernização", contra R$ 236,2 milhões em 2010.

A queda, no entanto, não foi exclusiva da linha 3. Em todo o sistema, a redução foi de 19,6% -de R$ 637,1 milhões para R$ 512,1 milhões.

A linha 3, a segunda mais antiga da rede (foi inaugurada em 1979), teve no ano passado uma média diária de 1,12 milhão de passageiros, o equivalente a 41% da rede.

A Folha questionou o Metrô sobre os motivos do recuo dos investimentos, mas a companhia não respondeu.

Os principais investimentos hoje no metrô se dividem em três blocos: reforma e compra de trens, expansão da rede (mais linhas e estações) e troca do sistema automático de controle do tráfego (leia texto abaixo).

Na linha 3, o governo vem, principalmente, melhorando os trens. Dez novas composições, fabricadas pela espanhola CAF, entraram em circulação entre 2008 e 2010.

Os 47 trens antigos estão sendo reformados -25 deles fabricados entre 1982 e 1986 pela Cobrasma e 22 feitos de 1986 a 1988 pela Mafersa.

A batida envolveu um dos trens mais antigos, o C20 da Cobrasma, e um dos mais modernos, o H56, da CAF.

Um dos motivos que podem explicar o recuo dos investimentos é que os novos trens vão sendo entregues paulatinamente. A troca deve ser concluída em 2014.

Outro investimento na linha será a troca do sistema de operação dos trens. O atual, que falhou ontem, será substituído por um mais moderno, que permitirá reduzir o intervalo entre os veículos.

Os trens modernizados têm ar-condicionado, câmeras de vigilância, sensores de fumaça, sistemas de informação audiovisual e monitoramento pelo operador, além de sistemas de freios que melhoram o desempenho na chuva.

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