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Tribunal de Contas suspende PPP da gestão Kassab para a saúde Para TCM, edital da Parceria Público Privada deve ter mais garantias financeiras de empresas Prefeitura, que diz acatar decisão, queria usar verba do projeto para erguer 3 hospitais prometidos na eleição TALITA BEDINELLIDE SÃO PAULO A PPP (Parceria Público Privada) da saúde, principal estratégia do prefeito Gilberto Kassab (PSD) na área, foi suspensa ontem pelo TCM (Tribunal de Contas do Município). Com isso, o projeto pode ter sido enterrado de vez. A entrega dos envelopes da licitação se arrasta desde 25 de julho de 2011 e foi adiada por 14 vezes pela própria prefeitura, antes da decisão do tribunal. Na PPP, uma empresa fica responsável pela construção, reforma e manutenção dos hospitais durante 15 anos e pode explorar os serviços não clínicos, como alimentação, limpeza, segurança e lavanderia. Era por meio dela que Kassab pretendia construir os três hospitais prometidos em sua campanha eleitoral e incluídos no plano de metas de seu governo. Na decisão, o TCM apontou problemas no edital da parceria. Agora, para que a licitação continue será necessário realizar mudanças no documento, o que pode não acontecer até o final do mandato de Kassab. GARANTIAS A Secretaria Municipal da Saúde informou que acatou a decisão do TCM, mas não quis se manifestar sobre o assunto. Segundo o relatório do conselheiro Maurício Faria, aceito por unanimidade pelo tribunal, o edital deve conter maiores pedidos de garantias econômico-financeiras das empresas participantes e precisa de um estudo atualizado de valores, já que a licitação corre desde o ano passado e houve mudanças econômicas neste período. ADIAMENTOS A entrega dos envelopes das empresas interessadas em participar foi adiada por 12 vezes pela própria gestão Kassab, com a alegação de "interesse público". Outras duas vezes, a prefeitura modificou a data para fazer mudanças no edital. Nos bastidores, dizia-se que os adiamentos aconteceram por dificuldades em achar parceiros, que só terão o retorno do investimento depois que as unidades de saúde estiverem funcionando. A dificuldade de emplacar a PPP já havia feito o prefeito anunciar que construiria três hospitais provisórios, com 175 leitos no total: reformaria espaços, como antigos motéis, que virariam hospitais até que os definitivos, feitos pela PPP, ficassem prontos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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