Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Apparecida Argentini (1927-2012) A boa negociadora da Casa Cida ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Apparecida Argentini conseguiria vender geladeira para esquimó, tamanho era seu tino comercial, brincavam os familiares sobre a comerciante nascida em São José do Rio Pardo, no interior paulista. Filha de agricultores, veio a São Paulo por volta dos 14 anos. As responsabilidades tinham começado desde os sete, quando, por ser a primogênita, já cuidava dos irmãos e ajudava a colher algodão. Na capital, a moradora da Vila Maria, na zona norte, trabalhou primeiro na tecelagem Santaconstancia. Depois, mudou-se para outra em seu bairro. Apaixonou-se por Oswaldo, proprietário do negócio, e com ele se casou em 1955. Após o fim da tecelagem, o casal abriu no nº 521 da rua Bresser um comércio de roupas e tecidos, a Casa Cida. Muito atuante (diziam que tinha rodinhas nos pés) e ótima para fazer cálculos de cabeça, tornou-se conhecida entre os comerciantes do Brás, na região central de SP. Continuou na área de compra e venda de tecidos mesmo após a loja fechar, no começo da década de 70. Levava comerciantes a empresas e foi revendedora da malharia Esla. Trabalhou até 2005. Gostava de guiar, o que fazia desde 1959. Brincava ter sido uma das primeiras mulheres da capital a ouvir grosserias no trânsito, como "vai lavar roupa no tanque". Era famosa entre as amigas pela bênção infalível que passava. Sofria de problemas cardíacos, renais e de diabetes. Viúva desde 2010, morreu na segunda (14), aos 84, enquanto dormia. Teve quatro filhos, mas três morreram pequenos. A missa do sétimo dia será no domingo, às 18h30, na igreja Santíssimo Sacramento, SP. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |