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Supermercado dará lugar a hospital na zona norte

Desapropriação de áreas foi publicada ontem no 'Diário Oficial' da cidade

Promessa de construir ao menos três novas unidades foi feita por Kassab na campanha eleitoral de 2008

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

Um dia depois de a PPP (Parceria Público Privada) da saúde ter sido suspensa pelo TCM (Tribunal de Contas do Município), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) publicou no "Diário Oficial" da cidade a desapropriação de três áreas onde pretende implementar hospitais municipais. Elas ficam na Freguesia do Ó (zona norte), Carrão (zona leste) e Cidade Dutra (zona sul).

São áreas onde já há prédios construídos. A proposta inicial de Kassab era reformar esses imóveis existentes -entre eles um supermercado localizado na Freguesia do Ó- e transformá-los nos três novos hospitais prometidos na campanha eleitoral de 2008.

SEM INFORMAÇÕES

Ontem, a prefeitura não quis dizer se esse ainda era o plano, ou se os imóveis seriam demolidos e os hospitais construídos do zero.

Kassab havia reafirmado que criaria esses três hospitais em junho do ano passado, durante o lançamento do da PPP da saúde, cuja publicação estava atrasada seis meses.

Na época, ele afirmou que o plano era construir hospitais "provisórios" em prédios que reformaria, inicialmente, para implementar centros de tratamento de dependentes de álcool e drogas.

Quando os hospitais definitivos ficassem prontos por meio da PPP, eles deixariam de ser hospitais e se tornariam os centros de tratamento.

Na ocasião, a prefeitura disse ainda que os três hospitais provisórios teriam 175 leitos no total, divididos entre zona sul (50), leste (50) e norte (75).

Esse número de leitos é menos da metade do que teriam os três hospitais que seriam construídos pelas parcerias: 550 leitos no total.

A Secretaria Municipal da Saúde disse que não poderia passar detalhes sobre os projetos. Afirmou apenas que eles não seriam "provisórios" e que a PPP continuará em andamento.

Na PPP, uma empresa fica responsável pela construção, reforma e manutenção dos hospitais durante 15 anos e pode explorar os serviços não clínicos, como alimentação, limpeza, segurança e lavanderia.

Na decisão, o TCM apontou problemas no edital da parceria. Agora, para que a licitação continue, será necessário realizar mudanças no documento.

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