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Olga Vieira de Moraes Malheiro (1922-2012)

Professora que gostava do campo

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Apareceu um interessado na fazenda do pai de Olga Vieira de Moraes Malheiro, em Araraquara (SP), e ela, que gostava muito da propriedade e não queria que fosse vendida, bateu a porta na cara do possível comprador.

Com aquele ato, conseguiu duas coisas: 1) adiar temporariamente a venda da fazenda e 2) encontrar um marido.

Com o pecuarista Francisco Ernesto, que levou a porta na cara, acabou se casando na década de 40. A propriedade seria vendida tempos depois, mas para outro dono.

Nascida em Pirassununga (SP), Olga veio durante a infância a São Paulo, onde se estabeleceu no Campo Belo, na zona sul da capital. A família tinha fazendas no local.

Passou a infância indo visitar as terras do pai em Araraquara. Em São Paulo, estudou no colégio Rio Branco e depois se formou professora.

Era de uma família de sete irmãos -sendo quatro mulheres, todas professoras. O pai, então, abriu no Campo Belo o Externato Vieira de Moraes, onde ela deu aulas.

Depois que se casou, porém, saiu de São Paulo: foi com o marido para Londrina e o ajudava nos negócios.

Há cerca de dez anos, após uma nova passagem pela capital paulista, foram viver em Araraquara, onde tinham um sítio. Olga era apaixonada pelos bois que criava, lembra a filha Thereza, advogada.

A filha conta que a mãe era também uma legítima dona de casa "de antigamente": ótima costureira e cozinheira e muito dedicada à casa.

Viúva há cerca de cinco anos, morreu na quarta-feira (16), aos 89 anos, em decorrência do alzheimer. Teve dois filhos e cinco netos.

coluna.obituario@uol.com.br

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