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Ricardo Antônio Lera (1946-2012)

Médico que não tinha tempo para as férias

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Ricardo Antônio Lera quase nunca tirava férias. Nas poucas vezes em que isso aconteceu, o celular não o deixava se desligar da rotina.

Médico formado na quinta turma da Santa Casa de São Paulo, durante os anos 70, especializou-se em patologia clínica e endocrinologia.

Alguns pacientes ele costumava visitar em casa. Como acompanhava o quadro deles de perto, não podia se afastar por muito tempo do trabalho -nem nas férias.

Nascido na paulista Presidente Prudente, cresceu em Santo André, na Grande São Paulo. O pai, que foi gerente de banco, era frequentemente transferido de cidade.

Depois de formado, Ricardo trabalhou na Cofap, fábrica de peças para carros. Teve também, por cerca de 20 anos, o laboratório Exato, em Santo André, e o próprio consultório, que tocou até o fim.

A mulher, a publicitária Magda, ele conheceu depois que ela fez um trabalho para um amigo seu. Casaram-se em 1992 e tiveram dois filhos.

Sua filha mais velha (médica como o pai, mas oncologista) é do primeiro casamento.

Por ter podido escolher a própria profissão, deixava a decisão livre para os filhos também, lembra a mulher.

Ricardo lecionou biologia em colégios e escreveu artigos para revistas médicas.

Praticou esportes até os 34 anos, quando uma artrose o obrigou a operar a perna duas vezes, fazendo-o abandonar as atividades físicas.

Era fã de MPB e jazz.

Só deixou o trabalho nos últimos 15 dias por conta da saúde. Morreu na sexta (18), aos 65, de complicações de saúde. Foi cremado na Vila Alpina, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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