Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Alckmin vê ação de 'grupelho' com motivação eleitoral Governador relaciona paralisação no metrô a agenda política; 'apagão nos transportes' é aposta de Haddad Segundo ele, sindicato optou por greve sem ouvir toda a proposta do governo e desrespeitou determinação judicial DE SÃO PAULOO governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que a greve no metrô não teve "o menor sentido", foi ilegal e resultado da ação de "um grupelho radical, com motivação político-eleitoral". "No ano passado, não teve eleição, não teve greve. Este ano tem eleição, tem greve. Será que é só mera coincidência?", afirmou à TV Globo. Para o tucano, o sindicato fez opção política pela paralisação, apesar de o governo ter oferecido reajuste acima da inflação e de haver decisão judicial para garantir a oferta do serviço à população. A expressão "grupelho" foi usada várias vezes por Alckmin para se referir ao Sindicato dos Metroviários, liderado desde 2010 pela Conlutas, o braço sindical do PSTU. O pré-candidato do PSDB, José Serra, também disse ver motivação eleitoral. "Tem, claro, é ano de eleição. Tem muita gente que quer faturar com o quanto pior, melhor." O pré-candidato do PT à prefeitura, Fernando Haddad, que ontem não falou sobre o tema, tem adotado na campanha o mote de "apagão nos transportes" para criticar gestões tucanas em SP. As críticas vêm na esteira das sucessivas panes registradas no metrô e na CPTM neste ano. Alckmin disse ontem que o mote é "ridículo". O prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que "a greve não era a saída" e evitou dizer se era eleitoral. "Mas posso dizer que o governador acerta ao mostrar sua indignação." À noite, Alckmin baixou bastante o tom das declarações. Sobre a motivação eleitoral da greve, disse: "Vamos avaliar com mais cuidado." A greve monopolizou a sessão da Assembleia, que virou um debate entre a oposição e aliados de Alckmin sobre o metrô. "Como pode, para obter resultado na negociação que está em andamento, decidir prejudicar a população?", disse o líder do governo, Samuel Moreira (PSDB). José Zico Prado (PT) disse que a gestão demorou para investir na ampliação do metrô e que poderia ter fechado antes o acordo. "O governo apostou em jogar a opinião pública contra o sindicato." OUTRAS CIDADES A greve dos trabalhadores dos metrôs de Belo Horizonte e de Recife completou ontem dez dias sem nenhum avanço nas negociações com o governo federal, responsável pela CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Em Natal, Maceió e João Pessoa, parte dos trens está parada desde o dia 15. Nas cinco capitais, 512 mil passageiros são afetados por dia. Segundo os sindicalistas, ligados à CUT, as paralisações "coincidiram" com a de São Paulo por causa da data-base, que é em maio. Os metroviários pedem reposição da inflação (5,1%) e 10% de aumento real. A CBTU não ofereceu nenhum reajuste. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |