Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Foco

Cachorro 'gringo' vem dos EUA para ser guia de brasileira cega

JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO

Milo, de 1 ano e seis meses, recebe a Folha de forma efusiva e com a língua para fora, em seu novo apartamento, na Vila Mariana, na zona sul.

O labrador, preto como o asfalto que vai ter de encarar todo dia para guiar a dona -a funcionária pública Maria Rita Paiva de Souza, 30,- chegou segunda-feira de Detroit, nos EUA, onde foi treinado.

O cão-guia ainda não entende português (obedece cerca de 30 comandos, em inglês), mas mostra disposição para dar vida nova a Maria Rita, que é cega desde os 21 anos, vítima de uma síndrome degenerativa na retina.

Apesar de haver iniciativas de treinar a cachorrada no país, elas são recentes e a demanda é imensa -3,5% da população é cega ou quase cega, segundo o último Censo.

Parte da solução é "importar" os cães, como faz de graça o Instituto Íris, com fila de espera de 3.000 pessoas.

"Esperei o Milo [fala-se Mailou] por quatro anos. É um ganho na minha liberdade. Esse primeiro momento não é fácil porque é preciso muita disciplina para orientá-lo."

Como ainda é raro ver cegos auxiliados por cães no país, Maria Rita começa a enfrentar o desafio de conscientizar as pessoas de que Milo é um trabalhador e nas ruas precisa de concentração.

FOLHA.com
Veja o encontro de Maria Rita e Milo, nos EUA
folha.com/no1098145

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.