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Mais um restaurante é alvo de arrastão em Higienópolis

Bando invadiu o Carlota cinco dias após assaltar a pizzaria Bráz na mesma rua

Clientes tiveram de se deitar no chão e um deles levou um tapa na orelha; ação demorou cerca de cinco minutos

Christian Tragni/Folhapress
Fachada do restaurante Carlota, no bairro de Higienópolis
Fachada do restaurante Carlota, no bairro de Higienópolis

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Pela segunda vez em menos de uma semana, um bando de seis homens fez um arrastão em um restaurante da rua Sergipe, em Higienópolis, bairro nobre da região central de São Paulo.

Dessa vez, os ladrões levaram pertences de seis clientes e dinheiro do caixa do renomado restaurante Carlota, por volta de 0h40 de ontem. A essa hora a casa estava fechando. O estabelecimento fica a duas quadras de um batalhão da Polícia Militar, na avenida Angélica.

"Dois bandidos ficaram na porta, outros quatro saíram recolhendo o que tínhamos no bolso e nas mesas. No fim, mandaram que todos deitássemos no chão", afirmou ontem um empresário, de 34 anos, que pediu para não ter seu nome divulgado.

Essa mesma vítima disse ter levado um "tapa na orelha" de um dos criminosos durante o arrastão.

O carro blindado de um cliente do Carlota também foi roubado. Além disso, os ladrões levaram R$ 2.300 do restaurante, cartões, joias e telefones dos clientes.

A ação de ontem durou menos de cinco minutos, de acordo com as vítimas.

Pelas características dos assaltantes e pelo modo como agiram, investigadores da Polícia Civil dizem que a quadrilha é a mesma que roubou a pizzaria Bráz, na mesma rua, na noite do último domingo.

"Pelo que sabemos são dois adultos e quatro adolescentes que estão insistindo em atuar na região", afirmou o delegado Luciano Pires Filho, do 4º DP (Consolação).

As câmeras internas do restaurante filmaram a ação do bando. As imagens estão sendo analisadas pelos policiais.

Sobre o fato de os dois restaurantes assaltados nesta semana ficarem perto de um batalhão da PM, o tenente-coronel José Luiz de Campos disse que não vê nenhum problema nessa "coincidência".

"Não pega bem, mas daqui da base não conseguimos ver tudo ao redor", afirmou.

Neste ano aconteceram pelo menos 12 arrastões na cidade. O número pode ser maior, já que a Secretaria da Segurança Pública contabiliza esse tipo de crime separadamente dos demais roubos.

TRAUMA

Vítimas dos dois últimos arrastões entrevistadas pela Folha disseram estar traumatizadas e que, a partir de agora, vão mudar seus hábitos.

"Eu tinha o hábito de ir na pizzaria duas vezes na semana. Agora, ou vou jantar em shoppings ou vou pedir pizza em casa", disse um economista que teve dinheiro roubado na pizzaria Bráz.

"Eu até volto a restaurantes, mas nunca mais no fim da noite", disse o empresário roubado no Carlota.

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