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Para proprietária do Carlota, arrastão foi 'uma molecagem'

Grande prejuízo foi os ladrões 'amedrontarem os clientes', diz Carla Pernambuco

Proprietários de restaurantes em Higienópolis dizem ter reforçado segurança após assalto a pizzaria

DE SÃO PAULO

"Ação amadora". Foi assim que a dona do Carlota, Carla Pernambuco, qualificou, numa nota, o arrastão que ocorreu ontem de madrugada em seu restaurante. "Uma ação de alto risco e baixa lucratividade. Uma molecagem."

Para ela, o grande prejuízo foi os ladrões "amedrontarem e assustarem o clientes".

Carla disse ainda que o fato não é recorrente e não justifica "um estado de pânico ou um pavor patológico". Classificou o arrastão como "exceção numa trajetória de 20 anos de funcionamento do Carlota em Higienópolis".

A dona do restaurante afirma que vai reforçar a segurança para prevenir novas ocorrências em sua casa.

Outros donos de restaurantes do bairro entrevistados pela Folha disseram já terem reforçado a segurança após o arrastão na pizzaria Bráz, no domingo passado.

Genildo Araújo, um dos sócios da Mercearia do Francês, conta que já havia colocado olheiros em frente a seu estabelecimento para evitar que ladrões seguissem clientes com relógios caros e os assaltassem. Mas agora, afirma, reforçou essa equipe com mais um homem.

Ele diz ter notado, desde o arrastão na Bráz, queda de 20% a 30% no movimento. "A clientela fica assustada. Vai acabar ficando em casa."

BOQUIABERTO

Fábio Nagai, um dos donos do restaurante Aoyama, diz que também já reforçou sua segurança, com câmeras internas e guarda privada.

"Tá todo mundo boquiaberto com a audácia [dos ladrões]. Eles têm segurança da impunidade", diz Renato Ades, dono do Ici Bistrô. Ele diz acreditar que as ocorrências recentes no bairro têm a ver com ação de amadores e que "com certeza isso vai acabar".

Pedro Ivanow, presidente da Associação Defenda Higienópolis, afirma que notou um aumento na incidência de crimes maiores no bairro.

"Quando acontecia alguma coisa, era normalmente furto. De um ano para cá, começamos a identificar [crimes] mais organizados."

Para ele, além dos prejuízo aos donos de estabelecimentos, esse tipo de ocorrência gera um "problema social. Os restaurantes podem acabar perdendo a frequência".

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