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Gasto de governo com carros-pipa já chega a R$ 103 mi Valor repassado ao Exército é para levar água a 2,8 milhões de pessoas em oito Estados nordestinos e norte de Minas Para evitar furto, ministério estuda equipar veículos com GPS para saber destino de caminhões
DE SÃO PAULO O Ministério da Integração Nacional já gastou R$ 103 milhões com carros-pipa de janeiro a maio deste ano. O montante foi repassado ao Exército para levar água a 2,8 milhões de pessoas em oito dos nove Estados nordestinos e no norte de Minas. O valor já corresponde a mais da metade dos R$ 180 milhões gastos em 2011. Até outubro, mais R$ 130,6 milhões deverão ser repassados com base no plano de ação apresentado pelo Exército, responsável pela distribuição da água nos municípios. Comitês de enfrentamento à seca dos Estados e municípios devem passar a auxiliar os militares na coordenação dessa tarefa. O ministério acredita que os técnicos desses grupos são quem melhor conhece a realidade dos locais atingidos pela estiagem. Além disso, a Integração Nacional estuda equipar carros-pipa com GPS. A ideia é mapear os caminhões para saber de onde a água está sendo retirada, a exemplo do que foi anunciado no mês passado por Pernambuco. O governo estadual identificou furto de água para abastecer carros clandestinamente e anunciou o monitoramento de 800 veículos contratados pelo Estado. ORÇAMENTO Em abril, a presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote de R$ 2,7 bilhões para enfrentar a estiagem no semiárido neste ano. O repasse é equivalente a um terço do valor da transposição do rio São Francisco, obra que estava prevista para acabar este ano e que deve levar água para 12 milhões de pessoas em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A última previsão do governo federal para o término da obra é dezembro de 2015, a um custo de R$ 8,2 bilhões. Segundo o ministério, o pacote emergencial pode "engordar" ainda mais caso seja necessário manter a ajuda às vítimas da seca. Além de custear os caminhões com água, o dinheiro está sendo utilizado em ações como implantação de cisternas, linha especial de crédito para pequenos e médios agricultores e redução do valor da saca do milho (usado como ração para o gado), segundo o ministério. Parte dos recursos (R$ 200 milhões) foi destinada ao Bolsa Estiagem, programa voltado a pequenos agricultores de cidades em situação de emergência que não estão no seguro-safra. Segundo o governo federal, a primeira das cinco parcelas de R$ 80 está prevista para o dia 18. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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