Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

George Lobacheff (1937-2012)

Um formal engenheiro estrangeiro

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

George Lobacheff era filho de russos, nasceu em Xangai, na China (porque os pais decidiram fugir do comunismo), e foi alfabetizado em inglês.

Aos 12 anos, viu a família migrar novamente devido a uma outra onda vermelha, que tomou a China em 1949. E lá vieram eles para o Brasil.

Moraram no Rio e, embora não tenham sido ameaçados por uma terceira revolução comunista, queriam ir aos EUA. Tanto que George foi estudar em Louisiana, onde se formou em engenharia mecânica.

Depois que concluiu os estudos, começou a trabalhar na General Motors. Os pais, porém, nunca conseguiram visto do governo norte-americano para viverem no país.

Por isso, George, que era filho único, pediu transferência na GM e veio trabalhar em São Paulo, onde poderia continuar próximo dos pais.

Ficou na mesma empresa por um tempo, até que abriu o próprio negócio: a Log, uma fabricante de capacitores eletrolíticos, peças usadas em aparelhos de TVs e rádios.

À medida que os eletrodomésticos foram se desenvolvendo, seus capacitores foram deixando de ser necessários. A Log fechou, e George, então, aposentou-se.

Apesar de reclamar dos impostos altos por aqui, dizia que tinha sido muito feliz no Brasil, onde pôde progredir.

Tinha sotaque e um jeito formal e sério de estrangeiro. Era correto, cheio de regras e organizado, conta a família.

Esportista, adorava jogar tênis e, principalmente, golfe.

Morreu na terça-feira (29), aos 75 anos, após um infarto. Deixa viúva, duas filhas e três netos. A missa do sétimo dia será hoje, às 12h, na igreja São José, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.