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Motoristas querem novas rotas, diz especialista
DE SÃO PAULO
Para Thiago Guimarães, paulistano que é pesquisador do Instituto de Planejamento de Transportes e Logística de Hamburgo (Alemanha), o trânsito de São Paulo está "se esparramando" para outras ruas, antes mais calmas.
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Folha - Ruas antes calmas estão mais congestionadas?
Thiago Guimarães - Essas ruas ficam perto de outras já congestionadas; representam rota alternativa, ou são alimentadoras dessas vias.
Por que isso ocorre?
Os serviços das rádios indicam estas rotas alternativas e com isso acabam popularizando caminhos menos conhecidos e oferecendo aos motoristas novas rotas. A permanência dos congestionamentos na cidade é um fator que estimula os motoristas a buscarem rotas mais rápidas. Aí o trânsito vai se esparramando, vai contagiando outras ruas. Tudo em prol do motorista, o que prejudica o morador do bairro, que antes morava em regiões pacíficas, calmas. Os moradores com maior poder de pressão conseguem implantar lombadas, mudam o sentido da rua, mas é um tipo de estratégia que está longe de ser amplo.
Como resolver ou mitigar o problema?
Há várias coisas que podem mitigar o problema. Hoje você ainda vê ruas com calçadas muito pequenas. As ruas poderiam ser concebidas de modo a valorizar mais o tráfego de pedestres.
O objetivo é proteger a comunidade do trânsito de passagem, porque o motorista quer usar aquele ambiente como atalho.
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