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'Ela queria ter uma vida melhor', diz mãe de Elize Matsunaga

Dilta Ramos Araújo, 54, afirma que a filha nunca contou detalhes sobre como vivia com o marido

Elize confessou ter matado e esquartejado seu marido, Marcos Kitano Matsunaga, executivo da Yoki

Robson Ventura/Folhapress
Dilta Araújo, mãe de Elize, em sua casa, em Chopinzinho
Dilta Araújo, mãe de Elize, em sua casa, em Chopinzinho

LÉO ARCOVERDE
DO “AGORA”, ENVIADO ESPECIAL A CHOPINZINHO

Elize Araújo Kitano Matsunaga, 30, -que na última semana confessou ter matado e esquartejado o marido, Marcos Kitano Matsunaga, executivo da Yoki- teve uma infância e juventude tranquilas no interior do Paraná.

Estudiosa, sempre tirou boas notas no colégio Cenec, escola particular de Chopinzinho (394 km de Curitiba), onde nasceu e viveu até concluir o ensino médio.

A amigos sempre confidenciou a vontade de viver numa cidade grande."[Elize] Queria estudar e trabalhar fora e ter uma vida melhor", diz a mãe, Dilta Ramos Araújo, 54.

A mais velha de três irmãs, Elize sempre viveu na mesma casa, de 30 m² e tijolos à vista. Nela, vivem hoje a mãe, o padrasto, a irmã caçula, Naína, 21, e o filho de Naína.

Frequentava esporadicamente a paróquia São Francisco de Assis. Além de estudar, trabalhou como secretária em um escritório.

Elize se mudou para Curitiba há cerca de dez anos, para estudar enfermagem. Três anos depois, foi para São Paulo, onde estudou direito.

Sempre teve uma relação próxima com a mãe. "Ela sempre me ligava pelo menos uma vez na semana. Em datas como Natal e Dia das Mães mandava presentes."

Elize nunca contou detalhes de como levava a vida em Curitiba e em São Paulo. Por isso, a mãe diz que nunca soube que a filha trabalhou como garota de programa e enfrentou problemas no casamento com Matsunaga.

"Eles vieram juntos para Chopinzinho algumas vezes e nunca percebemos nada."

'PELA TELEVISÃO'

Apesar de ter nascido e vivido em uma cidade de 19 mil habitantes, Elize não é conhecida da maioria dos moradores de Chopinzinho. Quem conhece algum familiar dela, diz que a enfermeira e bacharel em direito "foi embora há muito tempo" e "não conversava com muita gente".

Mas, como a mãe trabalha na prefeitura há 20 anos e uma tia é enfermeira do hospital da cidade, a notícia de que uma filha de Chopinzinho cometeu o assassinato e o esquartejamento do marido, em São Paulo, se espalhou rapidamente, assim que a imagem de Elize passou na televisão.

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