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No meio da Floresta da Tijuca, favela faz festival de música

Vale Encantado promove shows nos próximos dias 16 e 17

FABIO BRISOLLA
DO RIO

No meio da floresta da Tijuca, a pequena favela do Vale Encantado sobrevive há mais de um século das riquezas naturais do Alto da Boa Vista, bairro nobre do Rio conhecido por suas mansões e pela vegetação exuberante.

O lugar já foi tomado por cafezais, chegou a ser devastado pela extração de granito, mas conseguiu se recuperar. Hoje, as vielas e ladeiras serpenteiam pela densa mata local. O projeto dos 140 moradores das 40 casas do Vale é explorar a área verde, dessa vez, como ponto turístico.

Em tempos de Rio +20, eles planejam fazer barulho com shows de Seu Jorge e do francês Mattieu Chedid na área de lazer do clube da favela. São as principais atrações do Festival Encantado, nos próximos dias 16 e 17.

Organizado por produtores da casa noturna europeia Favela Chic, o evento está sendo patrocinado por ONGs internacionais. O ingresso vai custar R$ 140 por dia.

Os moradores também criaram um restaurante comunitário com cardápio baseado na produção das hortas da favela, algumas instaladas nas lajes das casas.

"Por enquanto, os almoços precisam ser agendados porque não temos movimento para mantê-lo funcionando direto", diz Otávio Alves Barros, 42, presidente da associação de moradores, que organiza visitas pelas trilhas.

Os primeiros habitantes do Vale chegaram antes mesmo da floresta da Tijuca. Nos séculos 17 e 18 a área concentrava plantações de café.

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