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Outro lado

Brookfield afirma que ex-diretora fez 'denuncia infundada'

Multinacional diz que acusadora foi demitida depois de montar esquema para desviar dinheiro da empresa

DE SÃO PAULO

A BGE (Brookfield Gestão de Empreendimentos) divulgou ontem nota oficial em que reafirma desconhecer atos de suborno e faz ataques à ex-diretora Daniela Gonzalez.

Na nota, a Brookfield diz que Daniela fez "denúncias infundadas" e é alvo de uma investigação criminal por ter cometido irregularidades enquanto esteve no cargo.

Daniela diz que a acusação da empresa contra ela é uma tentativa de intimidação. Tanto é assim que só foi feita quando ela ingressou com ação trabalhista. Nessa ação, ela coloca parte da documentação apresentada à Folha e à Promotoria.

O Ministério Público diz que tudo será investigado, mas que pesa a favor dela o fato de ter recusado a possibilidade de delação premiada.

A reportagem reiterou o pedido para falar diretamente com algum diretor da Brookfield, mas não foi atendida.

Leia a íntegra da nota:

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"A Brookfield Gestão de Empreendimentos S.A. gostaria de reforçar que desconhece os supostos atos de suborno e corrupção para com o poder público divulgados hoje, que decorrem de especulações e denúncias infundadas feitas por uma ex-diretora que, por ter praticado uma série de irregularidades durante sua gestão, está sendo alvo de uma investigação criminal.

Daniela Gonzalez ingressou na BGE em meados de 2008, tendo permanecido no grupo até 2010, quando foi demitida no mês de abril, por ter concedido um aumento de salário a si própria.

Após a sua demissão, teve início uma apuração de certos atos por ela praticados durante sua gestão, que culminaram na instauração de um inquérito policial para apuração da responsabilidade penal de Daniela Gonzalez, de seu marido, Paulo Ricardo Junqueira de Assis, e de outros terceiros que teriam atuado como 'laranjas', em um esquema que inclui a operação de lojas em nossos empreendimentos em condições que não são usuais de mercado e, ainda, empresas prestadoras de serviços que receberam pagamentos sem terem efetivamente desempenhado qualquer atividade.

A autoridade policial representou pela quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de todos os envolvidos, tendo o Ministério Público opinado favoravelmente. Atualmente o referido inquérito policial se encontra em segredo de justiça.

Daniela Gonzalez move, ainda, uma reclamação trabalhista em face da BGE, na tentativa de obter indenização por verbas trabalhistas, supostamente não pagas, e por danos morais.

Os pedidos são infundados, tendo a BGE, inclusive, ingressado com uma 'reconvenção' em face de Daniela Gonzalez, de modo a cobrar dela o devido ressarcimento pelas irregularidades praticadas e prejuízos causados.

A BGE sempre manteve uma reputação ilibada em todos os mercados em que atua, desconhecendo supostos atos de suborno e corrupção para com o poder público, e não hesitará em tomar todas as medidas adicionais que se fizerem necessárias em face da Daniela Gonzalez, além daquelas já adotadas, de modo a preservar sua imagem e reputação."

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