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Sindicato do setor imobiliário se diz estarrecido

JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO

O Secovi (Sindicato da Habitação), que congrega as principais atividades do setor imobiliário de São Paulo, manifestou "extrema surpresa" e "estarrecimento" diante da denúncia publicada ontem pela Folha e defendeu a investigação do caso.

A entidade, porém, afirma considerar difícil que, diante de "tanta fiscalização existente", uma empresa consiga a aprovação de um empreendimento que não esteja legal ou dentro das normas técnicas vigentes.

"A entidade está sempre atenta às condutas das empresas. É foco das nossas recomendações e preocupações. Fazemos o possível para que todos trabalhem respeitando normas, leis e padrões éticos", disse Ricardo Yazbek, vice-presidente do Secovi.

De acordo com Yazbek, que é presidente da construtora R. Yazbek, todo o processo de uma obra fica documentado e é frequentemente fiscalizado, o que dificultaria a prática de irregularidades.

"É impressionante a burocracia, a complexidade para licenciar uma edificação, ainda mais no caso de algo grande, como um shopping. São inúmeros os procedimentos e normas a serem cumpridos."

O vice-presidente descartou que haja uma prática disseminada de pagamento de propina para a liberação de obras na cidade de São Paulo.

"Desconheço que possa haver isso. Se tiver algo, é pontual. O que existe é um emaranhado de leis de onde pode sair algo errado. A burocracia atrapalha o Brasil. Mesmo quando se tem certeza de que está tudo direito, é possível que apareça alguém questionando a legalidade."

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