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Outro lado

Shopping não comenta irregularidades

Centro comercial diz, por meio de nota, que não obteve resposta sobre os documentos entregues à prefeitura

DE SÃO PAULO

A administração do shopping Pátio Higienópolis se recusou ontem a comentar as irregularidades que envolvem o empreendimento.

Em nota, se limitou a dizer que não foi notificada sobre os documentos apresentados e que está à disposição para cumprir todas as exigências. Não há referência, na nota, à multa de R$ 1,5 milhão aplicada pela prefeitura.

A Folha questionou o shopping sobre a falta de vagas de estacionamento, a distância das garagens conveniadas, o pagamento de propinas para obter licenças na prefeitura, construções feitas sem autorização e contaminação do solo.

A BGE, empresa do grupo Brookfield que administrava o shopping Higienópolis, afirmou que deixou a administração do empreendimento em dezembro passado.

O shopping não informou quem são os novos administradores. A Folha pediu entrevista com os responsáveis, mas não foi atendida.

A BGE tem 25% do shopping e foi retirada da administração do empreendimento por decisão dos sócios.

Entre os demais sócios estão o Rio Bravo, um fundo de investimentos, e o empresário Delfim Braz, também dono do motel Astúrias.

NEGATIVAS

A BGE negou irregularidades na aprovação do shopping e negou também o pagamento de propinas a servidores públicos.

A empresa também diz que sua ex-diretora financeira Daniela Gonzalez está sendo investigada criminalmente por irregularidades que teriam sido cometidas quando ela esteve no cargo.

Daniela é uma das pessoas que afirma que os shoppings da BGE têm irregularidades e que a empresa pagou propinas a Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor de aprovações de empreendimentos da prefeitura, e ao vereador Aurélio Miguel (PR).

Sobre construção de áreas acima do autorizado pela prefeitura, a BGE diz que a situação foi regularizada.

Em relação ao encerramento do contrato de convênio com estacionamentos e a disponibilização de menos vagas que o exigido, a BGE diz que elas não eram mais necessárias porque o empreendimento cumpre todas as necessidades legais.

Sobre a contaminação do lençol freático, a empresa informou que a questão foi investigada pela polícia e o inquérito foi arquivado a pedido do Ministério Público.

A BGE disse desconhecer qualquer investigação sobre construção em área tombada pelo patrimônio histórico.

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