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Prefeitura abre processo para interditar shopping Higienópolis Fiscais aplicam multa de R$ 300 mil por falta de alvará e dão prazo de 15 dias ao empreendimento Fiscalização descobre que estacionamento do prédio não tem licença somente após a Folha questionar prefeitura
ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO Fiscais da Prefeitura de São Paulo descobriram ontem que o estacionamento do shopping Pátio Higienópolis não tem alvará de funcionamento, após pelo menos dois anos e meio de operação irregular. A Subprefeitura da Sé aplicou nova multa ao shopping, de R$ 300 mil, e abriu um processo para a cassação do alvará do empreendimento. O shopping tem 15 dias, contados a partir de ontem, para explicar a irregularidade. Caso não consiga a regularização nesse prazo, poderá ser interditado. A fiscalização foi feita após a Folha questionar a prefeitura sobre o que seria feito com relação a documentos internos do shopping que mostravam que o centro de compras sabia da irregularidade desde janeiro de 2010. O relatório interno alertava a direção do shopping que havia risco de embargo. O próprio shopping havia confirmado à Folha, no fim de semana, a falta do documento. Os novos administradores -a gestão do empreendimento mudou no fim do ano passado- disseram ter ficado surpresos com o fato. Este processo -que pode levar à cassação do alvará- é independente do outro, aberto sexta-feira, que apura se o contrato para vagas extras de garagem em locais próximos apresentado pelo shopping é verdadeiro. Na ocasião, a prefeitura multou o shopping Pátio Higienópolis em R$ 1,5 milhão por não ter comprovado possuir 470 vagas extras para guarda de veículos. Isso é necessário porque a prefeitura exige que o empreendimento tenha 1.994 vagas para veículos, e os quatro andares de garagem do prédio comportam 1.524. Na semana passada, Daniela Gonzalez, ex-executiva da BGE, empresa que administrava o shopping, disse à Folha que o empreendimento pagou R$ 133 mil de propina para que a prefeitura aceitasse contrato falso referente às 470 vagas extras exigidas. O pagamento teria sido feito em 2009 para Hussain Aref Saab, ex-diretor do Aprov, setor da prefeitura responsável pela aprovação de empreendimentos imobiliários de médio e grande portes. Aref e BGE negam. A BGE continua sócia do shopping, mas foi retirada da gestão pelos demais sócios, que detêm 70% do empreendimento. O shopping tem ainda outras irregularidades, segundo Daniela, como construção em local vetado pelo patrimônio histórico e áreas construí-das sem autorização. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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