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Agropecuária propõe área de preservação para o mundo

Manutenção das margens de todos os rios deve ser garantida por lei como acontece no Brasil, segundo CNA

DENISE LUNA
DO RIO

A senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia Abreu, lançou ontem uma proposta para a criação de um conceito global de APPs (Áreas de Preservação Permanente).

As APPs são adotadas na legislação florestal do Brasil para proteger as margens dos rios, áreas de nascentes e recarga (por onde a água penetra no solo). A definição da largura dessas áreas têm sido um objeto de polêmica do novo Código Florestal, em discussão no Congresso.

Segundo a senadora, a adoção de APPs por outros países reduziria a desvantagem da agricultura do Brasil.

"Daria garantia de condições competitivas iguais para os produtores brasileiros no mercado externo", explicou a senadora do DEM-TO.

Para disseminar a ideia, a CNA se aliou à Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e à ANA (Agência Nacional da Água), e procura mais parceiros.

Em setembro do ano que vem será realizado um fórum internacional no Brasil que discutirá a importância da água, com foco nas APPs.

"Se esse conceito existe no Brasil e nós acreditamos nele, ele tem que ser bom para todos os rios no mundo", disse, sem ironias, a senadora.

"Com o debate do Código Florestal poderia parecer um contrassenso. Mas ninguém duvida da importância da margem ciliar [vegetação nas margens dos rios]", afirmou.

No Fórum Mundial da Água, que aconteceu em março em Marselha, na França, a senadora já havia defendido a ideia de APPs mundiais.

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