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Outro lado

Ex-secretário nega as acusações e diz que irá processar testemunha

DE SÃO PAULO

O ex-secretário Eduardo Jorge (PV) negou ontem ter recebido qualquer tipo de benefício durante as obras de ampliação do shopping Pátio Higienópolis. Disse ainda que processará por calúnia a testemunha que citou o seu nome em depoimento ao Ministério Público.

"Eu não tenho nada a ver com isso. Todo mundo me conhece. Isso [aprovações] é tudo feito pelo Depave [Departamento de Parques e Áreas Verdes], não passa por mim."

Sobre o termo de compensação ambiental assinado com o shopping, ele disse que não se recorda de tal documento porque "são milhares de termos". "Todos os termos de compensação são aprovados pelo Depave e passam pela confirmação do secretário. É uma decisão técnica e depois tem a assinatura final do secretário."

Afirma, ainda, que todos esses termos de compensação são acompanhados rigorosamente "árvore por árvore", "compensação por compensação" e tudo está documentado na secretaria.

"O que eu posso dizer é isso: que a secretaria tem uma conduta de transparência, respeitada na cidade inteira, todos sabem disso. E, se por acaso, por algum motivo, a secretaria e minha pessoa forem acusadas, terei de processá-la por calúnia."

Jorge disse não ter a "menor ideia" porque uma pessoa, sem ligação com a vida pública, apontaria seu nome. O ex-secretário disse não se lembrar se conhece Antonio Carlos Chapela, da Seron Engenharia, apontado como o encarregado de lhe entregar o dinheiro da propina.

Em nota, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente afirmou que os licenciamentos da pasta são transparentes e atendem à legislação. "Essa afirmação contra a Secretaria do Verde é caluniosa."

Vasco de Mello, ex-conselheiro do Conpresp, afirmou que a acusação contra ele "é uma coisa meio absurda".

"Dei um parecer muito sério para não ter desconfiança a respeito disso", disse.

Antonio Carlos Chapela afirmou que tudo é "uma mentira". "Nunca intermediei pagamento de propina a nenhum servidor público."

Helder Monari, diretor da construtora Fonseca & Mercadante, e Decio Previato, da CPI Engenharia, negam a emissão de notas fiscais para justificar a saída de dinheiro da BGE para propinas.

A BGE informou que não tem conhecimento das investigações do Ministério Público, que desconhece atos de suborno e corrupção e que tomará todas as medidas necessárias para preservar sua imagem e reputação.

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