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Entrevista

Não poderia ser de mentirinha, afirma religioso

DO ENVIADO A BOM PRINCÍPIO (RS)

O padre Pedro Ritter, da paróquia de Bom Princípio (RS), diz que avisou à família, antes da cerimônia, que não havia como concretizar a comunhão porque, no ensaio feito duas semanas antes, o garoto ainda não aceitava fazer o ritual.

Segundo o religioso, os moradores da cidade fizeram uma "tempestade em copo d'água".

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Folha - Por que tomou essa atitude?
Padre Pedro Ritter - A Igreja sempre inclui, mas tem regras mínimas. A gente exigiu o mínimo: que ele abrisse a boca para a hóstia, que consentisse, que não fosse à força. Fazer o menino vir à frente e ele não aceitar seria um constrangimento. Sem isso, não iria acontecer o sacramento.

Houve preconceito?
Jamais haveria discriminação. Ele não foi tirado, participou da celebração junto com outras crianças. Eu quis preservar a família, não o expondo lá na frente.

Foi um mal-entendido?
Ela [a mãe] sabia: não é o momento ainda. [Ela falou:] "Padre, ele não aceita ainda, o que a gente faz? A gente preparou a festa". Eu disse: façam a festa, a festa vocês sempre podem fazer. "E a missa?" Falei que poderiam vir à missa.

O que vai ser feito?
O dia em que a família quiser fazer, não haverá problema. Não poderia ser feito de mentirinha, é uma coisa tão sagrada para nós.

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