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Greve de servidores do Itamaraty afeta 86 postos diplomáticos

Serviço deve voltar ao normal hoje; governo não comenta a paralisação de servidores

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

A greve de oficiais e auxiliares de chancelaria em postos do Brasil no exterior ganhou ontem a adesão de funcionários contratados no exterior sem concurso, que cruzaram os braços por 24 horas.

Segundo o Sinditamaraty, que representa os trabalhadores, 86 postos foram afetados -entre eles Paris, Londres, Madri e Buenos Aires.

Nesses locais, dizem sindicalistas, não há emissão de passaportes ou certidões. Só serviços emergenciais (morte e prisão de brasileiros) estão garantidos. O Itamaraty não comentou a paralisação.

Diplomatas não entraram em greve. O atendimento deve voltar ao normal hoje.

A cozinheira Tina Maia, 65, de Nova Jersey, teve que pegar um ônibus e dois táxis para chegar ao consulado. Ela queria acertar pendências da aposentadoria no Brasil. Para fazer o percurso, ela gastou US$ 42 (R$ 84).

"Os jovens podem entrar na internet e ver o aviso da greve, mas e os velhos que não sabem fazer isso?".

É a primeira vez que os funcionários de carreira do Itamaraty fazem greve.

Os oficiais de chancelaria, querem aumento de R$ 6.300 para R$ 12,9 mil (que correspondente ao valor que um diplomata em início de carreira ganha por mês).

Para os assistentes, a reivindicação é que o ganho mensal aumente de R$ 3.100 para R$ 4.900.

Ontem, servidores se encontram com o secretário-geral da pasta, Ruy Nogueira. Eles alegam que, até o momento, não há previsão de reunião com o Ministério do Planejamento para apresentar as demandas.

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