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Texto é 'rico em iniciativas', diz o diretor ambiental da ONU

Resultado é 'boa notícia' em governança, afirma Steiner

DO RIO

O diretor-geral do Pnuma (programa ambiental da ONU), Achim Steiner, em tese derrotado pelo resultado da Rio+20, defendeu o documento da conferência e rebateu críticas feitas por ONGs.

"O que emerge do Rio é uma boa notícia para a governança ambiental. O documento é rico em iniciativas. As pessoas esperam que uma cúpula venha com resultados finais, mas, como sempre na ONU, vamos em passos paulatinos", disse.

Cobrado sobre o fato de não terem sido criadas metas ambientais, Steiner respondeu que a Rio+20 não foi sobre ambiente, mas sobre desenvolvimento sustentável. "Quem tentar proteger o ambiente contra forças sociais e econômicas vai ficar parado."

Apesar de a Rio+20 não ter transformado o Pnuma em agência, o diretor se declarou satisfeito com a decisão de elevar sua importância. Lembrou que todos os países terão participação obrigatória no órgão (hoje são só 52) e que ele terá mais verbas da ONU (hoje, 96% dos gastos do Pnuma dependem de doações).

Ao lado de Steiner, o diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Juan Somavia, disse que o mundo não atingirá o desenvolvimento sustentável se mantiver o padrão atual da globalização.

"Há um sistema que não quer um modelo socialmente justo e que respeite o ambiente. Temos um sistema financeiro muito forte e um reconhecimento fraco dos direitos dos povos", disse o chileno Somavia.

Somavia foi cumprimentado ao final por um jovem que usava uma máscara do Anonymous, símbolo dos movimentos de indignados na Europa e do Ocupe Wall Street nos EUA.

(CLAUDIA ANTUNES)

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