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Secretário-geral do evento anuncia saída das Nações Unidas

Chinês diz que agora pode falar o que quer e cobra cumprimento de compromissos

DENISE MENCHEN
DO RIO

O chinês Sha Zukang, secretário-geral da Rio+20, cobrou publicamente os países por promessas não cumpridas na área ambiental.

Após declarar que estava de saída da ONU e que, portanto, podia falar o que queria, Sha disse que os países ainda não tiraram do papel as promessas feitas na conferência do clima de Copenhague (Dinamarca), em 2009.

"O que foi feito dos compromissos de Copenhague? Cumpriram?", questionou. "Ninguém os forçou a assinar esses compromissos.".

As declarações foram dadas em entrevista à imprensa para apresentar os resultados da Rio+20. Ele disse que o documento final da conferência foi "importante", mas lembrou que "o trabalho árduo começa agora", numa referência à necessidade de implementação das decisões.

"O que diferencia um compromisso de uma boa intenção é uma palavra: responsabilidade", afirmou Sha.

Ele defendeu que os países estipulem prazos para seus objetivos e elaborem relatórios de monitoramento dos avanços. O chinês voltou a dizer que seu trabalho é "fazer todo mundo igualmente insatisfeito", numa referência aos interesses divergentes das nações. "Se todos estão igualmente infelizes, todos estão igualmente felizes."

A assessoria da ONU na Rio+20 não soube informar o motivo da saída de Sha.

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