Shopping diz que só falta fazer passarela

Após o anúncio da Prefeitura de São Paulo de que irá fechar o Mooca Plaza Shopping, na zona leste, em menos de um mês, a direção do centro de compras disse ontem que cumprirá as exigências da gestão Kassab.

Segundo diretores, faltam apenas a construção de uma passarela para pedestres no viaduto Pacheco e Chaves e o plantio de 125 árvores na região -este último, parte de um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

O estabelecimento funciona desde novembro de 2011 sem a documentação necessária, mas só na semana passada a prefeitura anunciou uma multa de R$ 205.086,73.

Ontem, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que o shopping abriu "por sua conta e risco". "Da parte da prefeitura, não há irregularidade no procedimento. Infelizmente existem pessoas que acham que basta iniciar o empreendimento ou entrar em funcionamento que não dará em nada. Não é bem assim", declarou.

O secretário de Coordenação de Subprefeituras, Ronaldo Camargo, disse que os empreendedores se arriscaram, já que, segundo ele, a abertura não foi autorizada.

Mesmo sem a documentação necessária, o shopping foi inaugurado com a participação do subprefeito de Vila Prudente/Sapopemba, Roberto Alves Santos. A subprefeitura informou que Santos não sabia das irregularidades e que não representou a prefeitura no evento.

Na lista de 17 exigências da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para liberar a abertura do shopping, à qual a Folha teve acesso, estão itens como instalação de semáforos, câmeras, placas de trânsito e faixas de pedestres, alargamento e recapeamento de ruas e avenidas, além da instalação de piso tátil nas calçadas. A CET não soube informar quais das medidas foram cumpridas.

"O Mooca Plaza Shopping está tomando todas as medidas para finalizar a última pendência viária existente como contrapartida ao empreendimento, que será executada dentro do prazo", informou o shopping em nota.

Ontem, o clima entre lojistas era de dúvida. "Quando compramos os espaços não sabíamos das pendências", disse Marco Junior, da associação de lojistas.