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Angela Bignardi Vassimon (1919-2012) Deixou o piano após o casamento ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Por vontade do pai, Angela Bignardi Vassimon, a Gila, aprendeu a tocar piano. Ela estudou música e acabou se formando como professora. O instrumento que tinha em casa chegou a ser tocado até por Zequinha de Abreu. O autor de "Tico-Tico no Fubá" um dia apareceu para vender partituras e fez uma pequena demonstração para a família. Mas Gila não quis saber da música. O filho Carlos Eduardo conta que poucas vezes viu a mãe tocar. Assim que se casou, em 1942, com Cid Vassimon, advogado, deixou o piano e se tornou dona de casa. O instrumento foi vendido. Natural de Araraquara, no interior paulista, a filha de imigrantes italianos veio aos dois anos para São Paulo. O pai era caixeiro viajante. Morou no Brás, no centro da capital, e se casou na igreja do bairro, onde girava sua vida. Era expansiva, faladeira, geniosa e de iniciativa, como lembra o filho. Gostava de cozinhar e fazia receitas italianas "inesquecíveis". Nos Natais, a família costumava se reunir em sua casa, em torno da enorme mesa que o marido mandou fazer e que comportava 60 pessoas, algumas "espremidas". Todo dia 1º de janeiro, preparava seu tradicional capelete em brodo (no caldo de galinha, segundo o filho). A última vez que o fez foi há dez anos. Começou a ter dificuldade em movimentar as mãos. De formação católica, passou a ler sobre a doutrina espírita nas últimas décadas. Mas também gostava de revistas de fofoca e novelas. Sofria de doença de Alzheimer. Viúva desde 1987, morreu na sexta-feira (22), aos 93 anos. Teve quatro filhos, quatro netos e quatro bisnetas. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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